18 de março de 2022

O calendário de Adão: O sítio megalítico mais antigo do mundo?

 

O Calendário de Adão é, de forma controversa, sugerido a mais velha estrutura feita por humanos no mundo. Às vezes chamado de “Stonehenge Africano”, antecede tanto Stonehenge quanto a Grande Pirâmide de Gizé em dezenas de milhares de anos. Localizado em Mpumalanga, na África do Sul, é um círculo de pedras eretas com cerca de 30 metros de diâmetro e com a estimativa de ter mais de 75.000 anos. Vários alinhamentos astronômicos foram identificados no sítio e é, possivelmente, o único exemplo de um calendário de pedra megalítico completamente funcional e quase intacto.




Espalhadas pelas montanhas da África do Sul estão milhares de ruínas de círculos de pedras. Hoje, o pesquisador e autoridade no assunto, Michael Tellinger, estimou o número de antigas ruínas em pedra em 100.000 ou até mais. Alguns desses “círculos de pedra” não têm portas ou entradas, enquanto a maioria é conectada por uma grande rede de canais freqüentemente confundidos como “estradas” por alguns historiadores. Essa malha conectada de ruínas circulares está imersa em uma extensão aparentemente sem fim de antigos terraços para agricultura ao redor das estruturas. O Calendário de Adão é considerado ser o mais famoso entre essas ruínas.
            
                                                                                            Foto de satélite sobre uma região no sul da África.


Conhecido pelos antigos africanos como o “Local em que o Sol Nasce” ou “Inzalo y´Langa”, o sítio foi primeiramente apresentado à atenção pública em 2003 pelo piloto sul-africano Johan Heine. Ele voava pelas montanhas de Mpumalanga, na África do Sul, por vinte anos e teve um interesse nos milhares de estranhos objetos de pedra circulares espalhados pela região e começou a fotografá-los. 

                                                                                                                                                                Região de Mpumalanga, África do Sul
Esse sítio é adequadamente chamado Calendário de Adão porque as pedras estão localizadas para marcarem o movimento do sol, o qual lança sombras na rocha. E ainda hoje funciona perfeitamente como um calendário ao seguir a sombra do sol poente, a qual é marcada pelo monolito central mais alto na pedra plana ao lado. Esse notável calendário foi originalmente uma grande estrutura circular em pedra semelhante a Stonehenge e no centro do “círculo” estão duas pedras em pé, as quais, pelo dito, foram esculpidas. Sua forma original é ainda claramente visível de imagens de satélites. As pedras são todas de dolomita, com até cinco toneladas cada e, dizem, foram trazidas de um local distante. 
Os primeiros cálculos da idade do calendário foram feitos com base no surgimento de Órion, uma constelação conhecida por suas três brilhantes estrelas a formarem o “cinturão” do caçador mítico. A Terra gira em seu eixo, então as estrelas e constelações mudam seu ângulo de apresentação no céu noturno em uma base cíclica. Essa rotação, chamada de precessão, completa um ciclo aproximadamente a cada 26000 anos. Ao determinar quando as três estrelas do cinturão de Órion se posicionaram na horizontal contra o horizonte, é possível estimar o momento em que as três pedras no calendário estavam em alinhamento com essas estrelas. De acordo com Tellinger, um cálculo feito pelo astrônomo Bill Hollenbach baseado no surgimento de Órion sugeriu a idade do sítio ser de pelo menos 75.000 anos. Um cálculo posterior de junho de 2009 sugeriu uma idade de pelo menos 160.000 anos, baseado no surgimento de Órion em um “plano horizontal no horizonte”, mas também na “erosão de pedras de dolerito” encontradas no sítio. Alguns pedaços pedras marcadoras foram quebrados e largados ao chão, expostos à erosão natural. Quando pedaços foram juntados, cerca de três centímetros da pedra já estavam gastos. Esse cálculo ajudou a estimar a idade do sítio pela estimativa da taxa de erosão de dolerito.

                                                                     
Calendário de Adão com os alinhamentos tais como eram em 11500 A.C.

A última e mais interessante descoberta dos círculos de pedra e do Calendário de Adão é a freqüência de som das formações de pedra a partir da terra sob elas. Com tecnologia moderna, Tellinger e cientistas foram capazes de detectar e medir freqüências de som com propriedades acústicas feitas da terra dentro dos círculos com eletricidade conduzida. Essas freqüências de som da terra sob as pedras são formadas como flores de geometria sagrada quando elas vão à superfície do solo.

                                                                                                                                            Michael Tellinger testando o efeito acústico do sítio.

Há ainda muito sobre o Calendário de Adão para ser entendido, inclusive quem o construiu, como essa civilização era e como eles o realizaram com medidas tão precisas. Talvez, com o tempo, mais pesquisa revelará esse mistério pré-histórico.



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